Ando escrevendo muitos textos ultimamente no Blog. Há menos de um ano atrás eu não conseguiria narrar com tanta facilidade, como faço hoje, os meus dias.
E por falar em dias, doces ou não temos de enfrentá-los.
Isso me lembra uma frase que eu amava e repetia toda amanhã:
"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada."
Essa frase, de Caio Fernando Abreu, expressa exatamente como eu estou me sentindo agora. Tudo ao meu redor é tão vazio e vago. Mas mesmo assim, persisto em viver e em abrir as janelas todas as manhãs pra repetir e desejar a mim mesma: Que seja doce.
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