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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Como Eu Era Antes de Você



Olá, terráqueos! (Até parece que alguém lê isso hahaha #iludida)
 Já faz algum tempo que eu não via um filme no cinema. Senti falta disso; de estar em uma sala escura com desconhecidos, ouvir os comentários desnecessários, as risadas exageradas (na verdade, a MINHA risada exagerada) e aquele pentelho que SEMPRE senta na poltrona da frente e insiste em deixar o celular ligado e trocar mensagens durante o filme (apenas para me irritar com aquela luz). Ah, claro que não poderia me esquecer do momento maravilhoso de quando o filme acaba e eu tenho que descer as escadas me sentindo tontíssima (mais tonta que o normal?), em outro mundo, morrendo de medo de capotar e levar uma cambada comigo pro chão! Quem me conhece pessoalmente sabe o quão desastrada eu sou. :)
 Bom, não posso negar que adoro clichês e drama. E Como Eu Era Antes de Você não foi diferente. Superou minhas expectativas de uma comédia romântica, mas a história pendeu para um lado que eu não esperava. Pendeu para o meu lado mais íntimo.
 Minha mãe e eu chegamos atrasadas e infelizmente conseguimos os piores lugares, bem próximo a telona. Mas o que importa é que o filme compensou e valeu totalmente a pena.
 SPOILER
 Nós podemos tirar uma lição de cada filme. Por isso sou tão viciada em cinema e em cada história que posso me infiltrar, sem medo. Com Amélie Poulain eu aprendi que fazer o bem sem esperar nada em troca é a melhor recompensa, e que devemos apreciar os pequenos e sutis prazeres da vida; com Ruby Sparks eu aprendi que quando você quer controlar as duas pessoas em um relacionamento, acaba não sendo uma relação de verdade e desgasta qualquer um (Em outras palavras: Devemos amar as pessoas pelo que são, e não pelo que inventamos ou idealizamos delas); com Questão de Tempo eu aprendi que devemos viver cada dia como se fosse o último de nossa espetacular e comum vida (Mesmo se você pudesse viajar no tempo, a melhor escolha seria aproveitar cada instante único, pois não fazemos nada igual duas vezes). E, por fim, com Como Eu Era Antes de Você eu aprendi que... uma xícara de chá não cura qualquer coisa, nem resolve tudo. Bem que a Louisa Clark e eu gostaríamos muito que fosse simples assim.
 Eu aprendi que não há nada de errado em ser desastrada, ou positiva e espontânea, não há nada de errado em usar roupas bregas e meias calças extravagantes se isso te faz sentir bem. Não há nada de errado em ter esperança...
 A personagem Louisa Clark é extremamente cativante e real. Ela não tem medo de se expressar e se entregar plenamente ao ajudar alguém. Louisa não teme ser plena. Me senti amiga dela assim que vi seu par de sapatos ridículos (que eu com certeza pediria emprestado!).
 Quando ela se sentiu fracassada por Will Traynor não ter mudado de ideia sobre tirar a própria vida, eu sentia sua dor. A minha vida inteira eu tentei ajudar minha mãe, meu pai e agora meu irmão a serem felizes, mas aprendi que não se pode ajudar quem não aceita ajuda. E dói demaaaais ver alguém que você ama se acabando na bebida, no cigarro, na droga, na depressão, na doença. Você já sentiu algo inestimavelmente precioso escorrer das tuas mãos? Eu senti isso a minha vida inteira. Dá um nó no estômago e um vazio; você se sente inútil.
 Por isso, eu chorei. Chorei muito (mais do que imaginei que iria) na sala de cinema. E duas mulheres sentadas ao meu lado riram de mim! kkk Eu não me importei! Afinal, aprendi com Louisa que não há nada de errado em expressar seus sentimentos em público. É sinal que eu ainda tenho sentimentos.
 Odeio chorar na frente dos outros, mas não aguentei porque... Me coloquei no lugar do Will. Eu também já pensei em tirar minha vida e, nesses momentos sombrios, você não pára pra pensar nas coisas boas que perderia e deixaria pra trás.
 Você abriria mão de poder apreciar uma bela paisagem? Deixaria de contemplar um céu estrelado, ou da sensação de tocar a água, ou poder estar tão próximo de alguém que ama a ponto de sentir sua respiração? Você abriria mão do amor?
 Recusar-se a viver seria como desprezar, jogar no lixo, queimar, esmiuçar um presente valioso e único, dado exclusivamente à você!!! Claro que a escolha de cuidar e prezar este presente é sua. Mas você não mostraria gratidão pelo maravilhoso presente?
 Will Traynor abriu mão de tudo isso; dos momentos extasiantes que ele ainda poderia viver.
 Essa vida não é justa; passamos por momentos difíceis, doenças, traumas, perdemos pessoas queridas na morte. Mas sempre existe esperança. Sempre existe escolha. O problema de algumas pessoas é que simplesmente não tiveram acesso à essa esperança. Não as culpo por isso.
 Com este filme eu aprendi que devemos viver intensamente este presente maravilhoso que nos é dado- A vida! Não nos limitar, não desperdiçar tempo valioso com coisas fúteis, não nos apegar a quem nos faz mal. Só temos uma vida, e nossa obrigação é usá-la o mais plenamente, conscienciosamente e esmeradamente possível.
 Em uma das últimas e mais pesadas cenas, o casal fez uma brincadeira sobre tomar uma última xícara de chá (Já que chá é o que Loiusa sabe fazer de melhor) e, de repente, tive um clique, um estalo! Xícara de chá era a piada interna que eu fazia com um garoto especial por quem me apaixonei há pouco tempo atrás. kkk Que merda! Isso me fez chorar ainda mais.
 O que importa é que ele morreu (o Will)! kkkk
 Boa noite a todos! <3