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terça-feira, 31 de maio de 2016
Quero viver
Apreciando as silhuetas das palmeiras e dos prédios, com uma cortina de aurora ao fundo, as nuvens brincavam de se fantasiar de rosa, laranja e lilás. O vento frio que entrava pela janela do carro e o cheiro da mata me fez sentir viva. Nos fones de ouvido, uma melodia em piano me fez flutuar e sair deste mundo.
Nesse momento eu parei para pensar na atual situação da minha vida. Há algumas semanas eu estou apenas lutando para manter a sanidade, não desistir, mas perseverar. As vezes me sinto tão fraca e sozinha, desolada pela dor e sufocada pela injustiça, que é difícil pensar com clareza. Já tomei muita surra da vida e não guardo rancor nem mágoa de nada; guardo apenas as cicatrizes que coleciono.
Semana passada eu tive uma crise de ansiedade em público. Eu estava em um local cheio de pessoas e, não consigo entender o motivo, fiquei tensa, com o coração acelerado; parecia que eu estava em um sonho e tudo o que queria era sair correndo e gritar. Virei para minha mãe e disse que estava passando mal de ansiedade e não aguentaria ficar mais em público; então fomos embora.
Fiquei triste porque das outras vezes em que passei por isso eu consegui controlar. Meu maior medo é desenvolver síndrome do pânico.
Eu estou lutando, eu estou tentando, estou fazendo a minha parte. Sei que vou conseguir passar por isso e serei recompensada.
Eu quero apenas um momento de paz. Existe tanta beleza no mundo; meu único desejo é poder apreciar, sem pressa, sem hora pra voltar.
É engraçado o fato de a maioria de nós passar horas, dias e semanas presos em uma rotina. Da casa para o trabalho, do trabalho para a casa. Essa constante pressa é maçante e desgastante- como um esforço para alcançar o vento. Não somos obrigados a desperdiçar nosso bem mais valioso- o tempo- com coisas fúteis e monótonas. Não deixe sua vida escorrer pelas mãos!
Como eu disse uma vez, já vivi 1/4 da minha vida, e ainda há muito o que quero fazer, lugares a descobrir, pessoas a conhecer, novas sensações e experiências, viagens, aprendizados. Eu anseio ardentemente por tudo isso.
Quero abraçar pessoas, dizer aos meus pais todo o dia que os amo, consolar os deprimidos, ajudar os necessitados, contemplar um céu azul, apreciar o canto dos pássaros, conhecer novas músicas, dançar segundo a emoção, sorrir despreocupada, chorar em público sem vergonha, sentir novos aromas, novos sabores, novos toques.
Eu quero viver.
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Flor de maracujá
Como Deus é extremamente sábio para ter criado tanta beleza! Pense: As flores não precisavam ser assim, poderiam ser simples, brancas e pretas. Mas ele caprichou e há uma infinidade de cores e formas.
Vocês conhecem a flor de maracujá?
Não havia necessidade de existir tantos detalhes, diversidade e beleza, mas ele fez tudo para que tivéssemos prazer em viver! :D
Vocês conhecem a flor de maracujá?
Não havia necessidade de existir tantos detalhes, diversidade e beleza, mas ele fez tudo para que tivéssemos prazer em viver! :D
segunda-feira, 16 de maio de 2016
Náufrago
Eu não tive uma semana fácil. Primeiro houve uma tempestade
e não consegui definir o que eu sentia. Depois houve uma nuvem que embaçou
minhas lembranças. Tudo o que eu tenho daqueles dias infelizes são as marcas.
Elas estão em mim até hoje.
Tenho que me lembrar
a todo momento que estou tentando curar feridas e não abrir novas.
Na segunda, eu extrai dois dentes do siso. Da terça em
diante foi ladeira abaixo. Eu tive dor, febre, inflamação, fraqueza de tanto
tomar apenas sopa por causa da cirurgia, e até vomitei na casa da minha amiga.
Domingo eu decidi voltar a comer alimento sólido. Foi então
que tive outro daqueles momentos. Aqueles "cliques”, quando você está se
deixando levar pela maré e subitamente é despertado. A última vez que tive essa
sensação, foi quando dormi na casa de uma pessoa muito, muito suja. Eu me senti
mal em meio à bagunça e falta de higiene. Fiquei pensando em como eu
sobreviveria se ficasse perdida em uma floresta, já que estava difícil suportar
ao caos daquela casa. Bom, depois de apenas três dias na sujeira,
voltei para meu lar e me entreguei ao choro. Tomei um banho, comi um prato de
comida e agradeci a Deus por tudo o que eu tinha! Uma cama limpa, uma casa
organizada, onde dava pra ver o chão que eu pisava, comida limpa e fresca.
Parece pouco, parece simples, mas eu só fui dar valor a essas coisas quando me
abstive delas e depois retornei. Eu agradeci! Agradeci pela vida que tenho,
pela mãe atenciosa e boa ouvinte, a casa, o sustento, tudo. E neste domingo,
quando voltei a comer alimento sólido após uma semana apenas ingerindo líquido,
eu tive a mesma sensação de gratidão. Uma ação tão simples: levantar o garfo.
Agradeci a Deus por ter forças para trazer a comida até a boca, agradeci por
ter uma boca, agradeci pelos dentes que me permitem mastigar. Assim eu posso
sobreviver.
Semana passada eu
recebi muitos abraços fortes. Não seria exagero dizer que nasci de novo.
Percebi que nossas atitudes não afetam apenas a gente, mas respigam naqueles
que estão mais próximos e que mais nos amam.
Hoje, quando ouço o
som da sirene de uma ambulância, fico feliz por não estar dentro dela.
Eu ainda não voltei a desenhar- algo que amo muito-, mas já
voltei a dançar e a cantar. Meus dias estão mais leves, porque sei que o sol
sempre vai nascer de novo amanhã. Eu terei outra chance. Tenho apenas que
aproveitá-la.
Não acredito em “destino”,
acredito em propósitos. Nós estabelecemos alvos e temos que nos esforçar em alcançá-los.
No meio de tudo isso está o imprevisto. E o imprevisto me trouxe pessoas, o
imprevisto me trouxe paixões, o imprevisto me deu uma família; note que são
coisas que não pude escolher, pois foram dadas a mim. Mas há algo que posso
controlar. Selecionar quem serão meus amigos, estar determinada a não alimentar
paixões bobas e passageiras, e suportar aqueles que convivem comigo (Há coisas
em que não se pode fugir).
Acabei de assistir ao filme Náufrago. Todos os filmes do Tom
Hanks são ótimos! Eu já amava este e me lembro de ter assistido na
infância. Meu corpo é o mesmo, o filme é o mesmo, mas desta vez eu tive a
capacidade de entender e apreciar com outros olhos. Agora eu tenho 18 anos e o
filme não é mais apenas a história de um homem que ficou preso sozinho numa
ilha. É uma lição significativa de gratidão; apreciar o que realmente vale a
pena; suportar as dificuldades e aprender a lidar e resolver conflitos;
valorizar pequenas coisas; alegrar-se com: a vida, a capacidade de fazer escolhas,
realizações pessoais (pequenas ou grandes), a companhia de outras vidas e a
liberdade!
Em uma cena, o personagem diz: “Então, eu peguei uma corda e
fui até o topo do penhasco para me enforcar. Mas antes eu tinha que testar,
você me conhece. E o peso do tronco quebrou o galho da árvore. Então eu percebi
que não podia nem me matar da maneira que eu queria. Eu não tinha poder sobre
nada. (...)
Foi quando esse sentimento veio sobre mim, como um lençol me
aquecendo.
Eu soube que, de alguma maneira, eu tinha que ficar vivo. De
alguma maneira, eu tinha que continuar respirando.
Mesmo sem haver nenhuma razão para se ter esperança.
E toda minha lógica disse que eu jamais veria minha casa de novo.
Então foi o que eu fiz... eu continuei vivo. Eu continuei
respirando.
Minha lógica se mostrou errada, porque a maré veio e me
trouxe uma jangada.
E agora aqui estou, de volta em Memphis, conversando com
você. Eu tenho gelo no meu copo! Mas minha esposa não me ama mais(...)
E eu sei o que devo fazer agora... Eu devo continuar
respirando.
Porque amanhã o sol irá nascer. Quem sabe o que a maré
poderá trazer?”
Realmente, devo me alegrar e agradecer. Os problemas são os
mesmos, mas vejo-os com outra perspectiva.
Enquanto aguardo pacientemente a maré do imprevisto me
trazer algo bom, irei usufruir a companhia daqueles que me amam, irei valorizar
os pequenos e sutis prazeres da vida, irei continuar respirando.
sexta-feira, 6 de maio de 2016
Cuidado parental e características da prole
Relação entre os cuidados dos pais e as características da prole, ou
seja, dos filhotes
A necessidade de cuidado dos pais varia com o
desenvolvimento do filhote ao nascer. Existem três categorias em que existe
variedade nos padrões de comportamento dos pais. Eles são: altricial, precoce e
semi-altricial.
No padrão altricial,
o período de gestação é curto e o filhote nasce geralmente sem pelos, cego e
surdo, com os sistemas termorregulatório e sensorial pouco desenvolvidos, ou
seja, sem a capacidade de manter sua temperatura corporal e sem controle dos
sentidos.
Quais espécies de animais vocês acham que se encaixam nesta
categoria altricial?
Fazem parte desse grupo os coelhos, muitos roedores, como
ratos e camundongos, os marsupiais, como gambás, muitos carnívoros, como o cão
doméstico e o lobo cinzento e a maioria das aves passeriformes.
Nestas espécies o comportamento parental, dos pais, se
baseia na existência de uma bolsa marsupial ou de um ninho onde ocorre a
alimentação e onde os filhotes desgarrados são rapidamente trazidos de volta.
Nessas espécies, a mãe cuida de todos os filhotes presentes no ninho, mesmo se
forem de outra mãe.
Percebemos algo em comum entre filhotes dessa categoria,
como os pássaros e roedores que nascem totalmente cegos e sem pelos.
Na prole altricial, o cuidado paterno
é mais comum, ou seja, o pai participa mais. Ao contrário do que acontece com
os mamíferos, as aves machos são tão capazes quanto as fêmeas de prover
qualquer tipo de cuidado para os filhotes, inclusive alimentar. Nos mamíferos,
esse papel cabe apenas à mãe, que fornece o leite.
O padrão precoce
é determinado por um período de gestação mais longo e o nascimento dos filhotes
com sistemas visual, auditivo, termorregulatório e motor são bem desenvolvidos.
Quais espécies de
animais vocês acham que se encaixam nessa categoria precoce?
São os equinos (ou
seja, cavalos), bovinos (bois), e os ungulados em geral, assim como as cobaias
e os pinípedes (como as focas) fazem parte deste grupo.
Os cuidados dos pais
são importantes nas espécies precoces, mas demandam menos
energia do que nas espécies altriciais. Por que vocês acham que isso acontece?
De não ser tão trabalhoso e cansativo?
Bom, é porque na categoria precoce, os filhotes já nascem
com alguns sistemas bem desenvolvidos. Por exemplo, um cavalo já nasce
enxergando, ouvindo e até andando. Eles não vivem isolados em um ninho; quando
nascem, os filhotes seguem a mãe para onde for e aprendem dela.
Já pararam para pensar que até mesmo o ambiente
influencia nesse comportamento? Por exemplo, os cavalos nascem geralmente em
campo aberto, e é necessário se locomoverem logo no início para acompanhar a manada.
Bom, as mães que dão à luz filhotes precoces geralmente não
constroem ninhos, mas desenvolvem com seu filhote uma relação exclusiva,
rejeitando qualquer outro jovem que tente se aproximar.
Porém, existe uma
categoria que não se enquadra em nenhum dos dois padrões que já vimos.
Na categoria semi-altricial o período de
gestação é longo, o recém nascido apresenta algumas habilidades que permitem
independência para executar algumas tarefas, mas depende do adulto para outras tarefas que são vitais para sua
sobrevivência. Por exemplo, o filhote tem os olhos abertos e sua audição
funciona bem, mas ele não consegue se locomover por conta própria, se alimentar
sozinho, nem acompanhar o grupo em deslocamentos.
Quais espécies vocês
acham que se enquadra nessa categoria semi-altricial?
Algumas espécies de primatas, como chimpanzés e seres
humanos. Nessas espécies, a relação é caracterizada pelo fato de o bebê ser
carregado pela mãe, mesmo que seja num carrinho, como vemos nas sociedades
humanas modernas.
Para assistir a apresentação que fiz sobre este tema:
Apresentação dos alunos de Pré Iniciação Científica do Laboratório de Neurofisiologia e Neuroetologia Experimental (LNNE) da Universidade de São Paulo. Palloma Beatriz Fialho Damas palestrou sobre "Relação entre o cuidado parental e as características da prole" e "Como o comportamento de brincar surge e se modifica ao longo da vida do indivíduo" na E.E.Prof. Walter Ferreira.
Foi mais uma experiência e indescritível; um privilégio para poucos. Estou extasiada de alegria! :D
Espero ter colaborado ao máximo para que a assistência tirasse proveito do conteúdo e absorver algo útil.
Foi mais uma experiência indescritível e maravilhosa! Sou muito grata por esse privilégio. ♥
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