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sábado, 17 de dezembro de 2016

Vício Vazio


“Do que adianta criar um avatar se você está aqui, mas não queria estar?”- D. Damas.

Vivemos numa sociedade liquida. As relações interpessoais são fluidas, tudo escorre pelos nossos dedos, as amizades evaporam. Antigamente os relacionamentos eram mais sólidos e concretos, pois as pessoas eram valorizadas pelo seu trabalho e não pelo que aparentavam ser. Somos identificamos pelo que produzimos ou pelo que consumimos? Hoje em dia as marcas vogam mais do que o indivíduo em si. As pessoas que nos observam, julgam-nos pelo que possuímos e ignoram nossa essência, singularidades e personalidade. Paremos de nos permitir ser rotulados assim.
Que sociedade doentia é essa que não tem empatia pelo próximo, mas que passa horas jogando conversa fora virtualmente?
Espetacularizamos nosso cotidiano. Tentamos fazer com que nossa vida se torne o mais interessante possível a vista de completos estranhos para que eles sigam a história que apresentamos. Mendigamos likes e elogios para tentar suprir um buraco sem fundo chamado narcisismo.
Ao invés de vivermos plenamente, nós aceitamos nos tornar fantoches nas mãos dos outros. Fazemos as tarefas diárias sempre com pressa para podermos entrar no Facebook o quanto antes.
Por meio das redes sociais é muito fazermos amigos. Mas é duas vezes mais fácil perde-los. Como não há contato físico, olho no olho, não conseguimos estreitar laços com aqueles que conhecemos apenas virtualmente. A pessoa se torna um mero número, inanimado, quase um objeto. Por esse motivo é tão fácil nos desfazermos dessa "amizade", apenas deixando de seguir a pessoa ou deletando seu contato do nosso perfil.
Isso nos faz sentir cada vez mais vazios. Nos torna constantemente fissurados por modelos de vida “perfeitos” divulgados pela mídia; estamos rodeados de irrealidades. E essa ânsia por fama só vai ter fim quando percebermos que o que realmente importa está aqui. Sempre esteve aqui. Só temos uma vida e é nossa obrigação aproveitá-la ao máximo! Usufruir da companhia de pessoas queridas, conhecer lugares de tirar o folego...
Nunca fazemos o que queremos. Vivemos constantemente com pressa. Somos conduzidos a uma rotina maçante, onde temos que trabalhar 8 horas por dia e desperdiçamos o resto assistindo mentiras na TV. Se você tem vontade de ir a um parque, vá. Não fique confinado a monotonia que consome seus neurônios e o seu bem mais valioso: o Tempo.
Acorde antes que seja tarde demais!

P.B.F.D.

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