Recordo-me que, quando criança, minha família e eu viajávamos com frequência para cidades próximas daqui, no interior de São Paulo. O cheiro da grama, da terra molhada, a brisa fresca e fria, o barulho dos grilos, o céu puramente salpicado de incontáveis estrelas. Essas lembranças são vívidas dentro de mim.
Vou largar o ar de melancolia que sempre carreguei em meus textos; pelo menos por hoje. Eu sempre escrevi que estava me faltava algo, me faltando algo. Neste momento, conclui que não preciso possuir algo (ou alguém) para me sentir completa. Eu devo apenas continuar buscando, incessante e insaciavelmente, a chance de usufruir e participar de momentos únicos - singulares e marcantes tanto na minha vida quanto na das pessoas que usufruo a companhia.
Se eu ao menos tiver a chance de colaborar um pouquinho para construir e consolidar doces memórias em alguém... Já ficaria satisfeita. Eu descobri que tenho muito a compartilhar. Eu quero fazer parte da vida de alguma pessoa. Ser parte de uma lembrança na mente de alguém, de forma tão agradável quanto as que eu tenho da minha própria infância.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião e fique a vontade para dar sugestões sobre o que postar. Volte sempre!