[...]
Cansada de conjugar na primeira pessoa do singular, a menina que até pouco tempo atrás era loira, prefere se autodenominar agora como "menina". O que nunca deixou de ser e nunca pensou em ser. Mas, de fato, já estava sendo. Apenas mais uma menina.
Talvez na mente limitada de alguns bonecos de plástico ela não passasse de mais uma. O que os óculos não foram capazes de enxergar, a menina também havia esquecido: Ela tinha essência.
Retomou-a assim como retoma o fôlego após alguns segundos nadando. A dor aguda na garganta quando se está debaixo d'água por muito tempo não era menos angustiante do que notar que perdeu sua essência. Retoma, agarra, reforma seu verdadeiro eu. Vá, menina, vá ser menina.
Acabara de completar 16 anos. Acabara de um mico pagar. Acabara de retomar a razão. Razão concreta. Concretizada está.
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