Talvez fosse o modo dele andar; talvez as camisas- um pouco coladas demais- que ele usava; talvez os óculos que o deixavam com cara de nerd; talvez aquele cabelo ralinho e baixinho que, coincidentemente, era o mesmo corte que a garota havia pedido para o seu irmão fazer algumas semanas antes. Ela não sabia bem o que era, mais algo nele a chamava atenção.
Outra certeza que a garota tinha era que ele absolutamente não se chamaria Yuri, ou Bruno, ou Iago, ou Renan. Esses nomes não combinavam com ele. Se os pais dele o deram algum desses nomes, o encanto da menina se quebraria. Ele tinha cara de um possível Gustavo, Leandro, Marcelo, Caio, Vitor, Mateus... até Hernesto.
E ele era o ideal de qualquer garota, por ser tão comum. Quando garotas viajam em cenas românticas ou até mesmo visualizam o cara perfeito, o que sai é exatamente ele.
Fantasiando como seria o primeiro beijo dos dois, a garota- calejada de paixões de ônibus, que duram apenas alguns minutos-, resolveu dizer para si mesma, convicta:
" Saia já do meu pensamento, garoto assustadoramente perfeito! Você é só mais uma paixão passageira. Tire logo esses óculos da cara, deixe o cabelo crescer, use roupas rasgadas e largas... E, se possível, saia da minha vista!"
Este é ele. A propósito, eu assisti ao filme Aventura Lego. Muito bom! Recomendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião e fique a vontade para dar sugestões sobre o que postar. Volte sempre!